Viaduto do chá. Você já se perguntou porque, bem no centro da cidade, um lugar tem esse nome?

Bom, a história do nome de um ponto tão importante da cidade de São Paulo tem a ver com um período em que a agricultura era parte da vida urbana. 

Ali, onde hoje fica o viaduto de concreto, era uma plantação de chá, cultura que foi introduzida na cidade pelo Marechal José Arouche de Toledo Rendon. O pesquisador André Biazoti conta na dissertação “Engajamento político na Agricultura Urbana”, que o marechal investiu no chá “por ser uma cultura barata, de produção menos árdua e melhor para trabalhadores adolescentes”. 

Plantação de chá na região onde hoje fica o Vale do Anhangabaú.

As terras dele ocupavam uma área gigantesca, que ia da atual Rua Araújo até o Largo do Arouche, se expandindo por todo o terreno onde está localizada, hoje, a Santa Casa de São Paulo (era neste local que ficava a sede da propriedade).

Logo, outros chacareiros da região resolveram cultivar chá. Joaquim José dos Santos Silva (o futuro Barão de Itapetininga) foi um deles. Sua propriedade compreendia toda a baixada do Anhangabaú, bem no trecho onde seria construído o viaduto. Foram essas plantações que nomearam a região como Morro do Chá e, depois, o viaduto. 

O viaduto sobre o qual os pedestres caminham hoje foi construído na década de 1930. Mas, antes dele, com uma localização ligeiramente diferente, foi erguido o primeiro Viaduto do Chá, em 1892, com uma estrutura de ferro. Durante quatro anos, cobrou-se um pedágio de quem passava por ele no valor de 3 vinténs. A ideia era ressarcir os investidores da obra. Em 1896, quando o viaduto passou para as mãos do governo municipal, o pedágio deixou de ser cobrado. A antiga de estrutura ferro foi totalmente demolida para a construção do novo viaduto como o conhecemos hoje.

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