Quando saí de Franca, no interior, e me mudei pra São Paulo (lá em 1999), não poderia imaginar que em 2020 estaria pegando sementes de Pau-Ferro no chão do parque. Bom, eu nem sabia o que era Pau-Ferro. Mas a vida é essa coisa maluca e, ontem, enchi a mão de sementes e coloquei nos bolsos do colete.

Nem tenho onde plantar o Pau-Ferro, que descobri hoje ser uma planta exótica. Mas tenho tanto prazer em trabalhar na germinação de sementes. É algo que desperta minha curiosidade e me fascina. Talvez porque as plantas funcionam de uma forma muito diferente da nossa, humanos.

O mais interessante dessa reflexão é que essa minha relação mais profunda com as plantas foi algo que a “cidade grande” me trouxe.

Lá no interior, tinha contato com o manjericão plantado em casa, com a flor de maio da minha mãe e com pé de erva cidreira que virava chá, mas não tinha o hábito de observar as árvores nas calçadas, as plantas da cidade.

Uma das razões, acho, é porque lá eu não frequentava parques. Até porque Franca não tem parques. Embora eu caminhasse muito pela cidade, nunca fiquei ligada na natureza.

E aqui em São Paulo, depois que comecei a usar um parque para as caminhadas diárias e fui morar em uma casa com quintal, acabei por me aproximar – e me apaixonar – por esse universo, a ponto de, hoje, escrever sobre isso.

É o que eu chamo de Educação Ambiental Urbana.

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